quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Monte Fuji


Esse eram um dos lugares que eu pensava em ver no Japão. É possível ver o Monte de várias cidades, inclusive da torre de Tóquio em dias claros. Hakone é uma das cidades. Talvez seja um dos pontos mais turísticos, mas é um lugar bonito e com bastante estrutura, então acho que vale a viagem. Comprei um passe para dois dias que incluía todos os transportes (trem, ônibus, teleférico, barco e cable car). Saí cedo de Tóquio e lá no meio do caminho, avistei o Fuji pela primeira vez. Que emoção! Ele é tão grandioso e carrega o mistério que me encanta nos vulcões. Como havia deixado minha mochila grande na Meg, segui para explorar a região deixando pra chegar no hostel apenas pra dormir. Da estação de Shinjuko, peguei um trem até Odawara. De lá outro trem até Hakone e depois um ônibus até o ponto de observação do Fuji. O dia estava lindo, limpo e foi incrível poder vê-lo tão claramente. Esse roteiro te permite “turistar” de forma circular, então depois de passar um bom tempo admirando o "bonito", peguei um barco que faz uma pequena travessia até a estação do teleférico onde é possível apreciar o Fuji de outro ângulo. Uma das paradas é próximo a uma outra área vulcânica, onde é cheiro de enxofre é bem marcante. Inclusive é lá que eles vendem ovos cozidos na água vulcânica e por isso a casca é preta. E como é pra turista, não se pode comprar um só, apenas um “kit” com cinco, ou seja, teve ovo na janta, café e almoço do dia seguinte...rs. No outro dia fui conhecer o Hakone Open Air museum que por sorte estava ao lado do hostel. Um lugar delicioso que dá pra ficar caminhando por horas, apreciando as obras ou apenas curtindo o silêncio e a natureza. Com obras instigantes em meio a árvores e com vista para a floresta, foi um lindo passeio pra fechar o dia em Hakone. Hora de voltar pra Tóquio, pra pegar a estrada rumo a Kyoto, o próximo destino.
















segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Explorando Tóquio


Tóquio é uma cidade com 10 bilhões de pessoas! É gente pra todo o lado e é surpreendente como é um lugar limpo. E não é porque tem gari limpando o tempo todo. Simplesmente porque não tem sujeira e lixo no chão. Eu na verdade não vi nenhum gari varrendo a rua, nos vinte dias que estive lá. Meg me contou que normalmente o japonês não come ou bebe caminhando na rua. Isso porque ele pode esbarrar em alguém e ter um incidente inesperado, podendo prejudicar o outro caso ele tenha um compromisso importante, por exemplo. E essa atitude ajuda a manter a cidade assim, brilhando. E quase não se encontram lixeiras, ou seja, é uma questão cultural mesmo. Se tem um lixo e não achar uma lixeira, leva pra casa e pronto. E mesmo com essa monteira de gente, a cidade funciona muito bem, de forma muito prática. Um dos exemplos que já se tornaram famosos, é a organização e o respeito no metro. Oras, eles sabem que duas pessoas não podem ocupar o mesmo lugar, então esperaram todos (todos!) descerem do vagão antes de começarem a entrar, seguindo a fila, claro. Não é tão simples? Sempre podemos aprender com bons exemplos (então, fica a dica...rs). E o metro é lotado, tipo lata de sardinha mesmo...rs. Sábado me mudei pra casa da Meg depois de me perder um pouco e descobrir que alguns prédios tem o nome muito parecido. Nesse dia tive uma breve aula de culinária japonesa e aprendi a fazer guioza. A comilança foi grande e o programa caseiro foi uma beleza. Meu quarto dia em Tóquio foi um pouco mais turístico e contemplou o belo jardim do palácio imperial, a estação de Tóquio, o famoso bairro Ginza com suas grandes lojas, minha foto no café, o cruzamento mais movimentado do mundo em Shibuya e mais uma figura clássica do Golden Gai onde encerramos a noite em belo estilo, com música e tudo.







 





sábado, 20 de outubro de 2018

Conexão Brasil – Japão


Eu estava passeando na Feira do Largo da Ordem, em uma das minhas idas à Curitiba, quando encontro uma amiga de longa data, a Isa, que foi atriz de um espetáculo que eu produzi a anos atrás. Fazia muito tempo que não nos encontrávamos e passamos um bom tempo na conversa. Papo vai papo vem, comentei com ela da viagem e mencionei o Japão. Ela me disse que tinha uma amiga/irmã que morava em Tóquio e poderia me passar o contato. Guardei a informação, e um mês antes da minha chegada entrei em contato com essa amiga. Eis que já em Tóquio, era o dia de encontrar e conhecer a amiga/irmã da Isa. Meg foi o meu presente no Japão. O encontro foi recheado de boas risadas, boa comida, muitooo português (ou seja, falamos pacas!) e um convite de hospedagem. Pra minha sorte, além da Meg ser muito bacana, ela trabalha como guia. Pensa se não me dei bem... ela que acabou trabalhando na folga, mas acho que nos divertimos..rs. O almoço foi num restaurante incrível, na região de Bunkyo-ku. Eu jamais diria que aquele lugar poderia existir, pois parecia muito residencial. Depois descobri caminhando por lá, que é bem normal e possível encontrar muitas pérolas pelo caminho. Um ótimo exemplo foi um artista que produz bonecos maravilhosos e ainda faz uma apresentação dentro do próprio estúdio, de uma forma linda e intimista. Muitas outras lojinhas foram aparecendo e eu me senti ainda mais fascinada pelo país. É uma riqueza de detalhes de encantar os olhos. Já era noite quando resolvemos cair na gandaia (nem tanto...rs) e Meg me levou pra conhecer a região que se tornaria uma das minhas preferidas em Tóquio, o Golden Gai. Imaginem mais de 200 bares minúsculos, cada um com o seu diferencial, com a sua marca registrada, com suas figuras lendárias e com muita história pra contar. Paramos num em que a dona tem 80 anos e passou a cuidar do bar, quando o irmão que era o dono faleceu. No bar devem caber no máximo 10 pessoas, todas sentadas no balcão, bebendo e fazendo amizade. É muito divertido. Os japoneses podem ser quietos e super polidos, mas adoram a noite e adoram beber. Dentro do bar, somos todos iguais!!